A decisão pelo Perdão (Mateus 6:14-15)

Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas. 

Mateus 6:14,15 NVI

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A palavra de Deus diz que, quando nos arrependemos e confessamos nossos pecados a Deus, Ele nos perdoa e nos purifica de toda injustiça (1 Jo 1:9). Jesus Cristo, no sermão do monte, ensina que Deus nos perdoará se, da mesma maneira, perdoarmos aqueles que nos ofendem (Mt 6:14-15).

Todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus (Rm 3:23). Separados de Deus, nosso destino é a morte espiritual (Rm 6:23). Deus, por sua graça suprema, nos amou tanto que entregou o seu Filho Amado para sofrer em nosso lugar, para levar sobre ele o castigo que deveria ser nosso. A partir do momento em que Cristo foi entregue pelos nossos pecados, e morreu em nosso lugar, fomos justificados. Isso significa que quando Deus olha para nós, como pecadores, Ele enxerga a marca do sangue do Cordeiro, que nos lavou e nos purificou (1 Jo 1:7). Mesmo sem merecermos, o sacrifício perfeito foi feito. Isso é graça: favor imerecido de Deus para conosco!

Porém, apenas podemos desfrutar do perdão de Deus, se assim como Ele nos perdoou, perdoarmos também aqueles que nos ferem e nos magoam.

O capítulo 18 do livro de Mateus nos explica muito sobre perdão. No versículo 21, o apóstolo Pedro pergunta para Jesus: “Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?”. E a resposta que Jesus dá, no versículo 22 é a seguinte: “Eu lhe digo: não até sete, mas até setenta vezes sete.”. Mas, o que Jesus quis dizer aqui com esses números? Para esse entendimento, precisamos antes compreender um pouco da simbologia dos números para o judeu. Na bíblia, o número 7 significa plenitude, totalidade.  O número 70 está ligado ao juízo e ao perdão. Perdoar 70×7 não significa perdoar 490 vezes, mas sim perdoar sem cessar.

A falta do perdão adoece o espírito, o psicológico e o físico. Não perdoar é como tomar veneno esperando que o outro morra. Na maioria das vezes, o que nos impede de perdoar é o orgulho, o egoísmo e o amor próprio. É o achar-se melhor que o outro: “Ah, mas olha o que Fulano me fez!”, “Mas o que Beltrano me causou é demais para ser perdoado”. Jesus usa a parábola do credor incompassivo para mostrar que não há nível de ofensa. Toda e qualquer ofensa deve ser perdoada:

“Por isso, o Reino dos céus é como um rei que desejava acertar contas com seus servos. Quando começou o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe devia uma enorme quantidade de prata. Como não tinha condições de pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possuía fossem vendidos para pagar a dívida. “O servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir. “Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denários. Agarrou-o e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Pague-me o que me deve! ’ “Então o seu conservo caiu de joelhos e implorou-lhe: ‘Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei’. “Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Quando os outros servos, companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram muito tristes e foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido. “Então o senhor chamou o servo e disse: ‘Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você? ’Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia. “Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão”. (Mateus 18:23-35 NVI)

Quando somos ofendidos ou magoados por alguém, esquecemos que nós também causamos danos aos outros. E pior, quando pelos nossos pecados e pela nossa desobediência, nós machucamos o coração de Deus? Deus nos amou tanto, que entregou o seu Filho Unigênito em nosso lugar, para sofrer, para pagar pelos nossos pecados, carregar sobre os ombros toda a nossa culpa. E isso foi feito para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha vida eterna (Jo 3:16). Essa é a maior prova do amor incondicional de Deus por nós! O plano de salvação de Deus incluiu Ele entregar seu Filho perfeito e amado em nosso lugar, como sacrifício. Deus quer ter comunhão conosco. E quando não liberamos perdão aqueles que nos machucaram, essa comunhão com Deus é impedida (Mt 5:23-24).

Perdoar não é esquecer – isso é amnésia! Perdoar é lembrar sem sentir dor, mágoa ou ressentimento. Perdoar não é sentimento, mas sim decisão! Precisamos entender que humilhar-se perante Deus e perante aos que nos ofenderam não é algo pejorativo. Humilhar-se é render-se a Deus, é ter um coração quebrantado e manso.

Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ele nos deu este mandamento: Quem ama a Deus, ame também seu irmão. (1 João 4:20,21 NVI)

O perdão é um exercício diário. Todos os dias precisamos do perdão de Deus e, da mesma maneira precisamos perdoar e pedir perdão também àqueles que nos são próximo. Perdoar é dom de Deus, é ter comunhão com o Pai e ser templo do Espírito Santo. Precisamos perdoar para sermos perdoados pelo nosso Pai.

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